POLÍCIA ORIENTA IDOSOS A SE PREVENIR DA ABORDAGEM DE GOLPISTAS E LADRÕES

                                                                foto: pixabay
Alvos considerados fáceis por criminosos, os idosos se tornaram as vítimas mais frequentes em casos de estelionato (crime contra o patrimônio no qual os suspeitos aplicam golpes em pessoas ou até empresas). No entanto, algumas ações relativamente conhecidas poderiam ser evitadas com a adoção de certos cuidados.

A delegada Raquel Kobashi Gallinati, presidente do Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), explica que as pessoas acima de 60 anos podem ter mais dificuldades para lidar senhas bancárias, aplicativos de celular e tecnologia em geral. Essa fragilidade é captada pelos golpistas em locais públicos, como filas de caixas eletrônicos, por exemplo.
Delegada diz como evitar golpes

                                Delegada diz como evitar golpes Divulgação/Sindpesp

"É a hora que o criminoso faz a abordagem. O estelionato é um crime cometido a partir de informações que normalmente são fornecidas pela própria vítima. Os golpistas são persuasivos e convincentes. Então, é preciso ficar alerta quando um desconhecido exagera na simpatia, simplicidade ou oferece vantagens e pede ajuda", avisa a policial.

Por isso, atenção a abordagens de desconhecidos — especialmente aqueles que oferecem vantagens —, desligar telefonemas suspeitos e evitar saques em caixa eletrônicos à noite ou nos fins de semana já são atitudes importantes para minimizar o risco de se tornar uma vítima de golpistas e assaltantes.

"Quando fizer compras, escolha empresas de confiança. Em casos de dúvidas, não aceite orientações de estranhos, busque informações em canais oficiais de comunicação. Nunca informe dados pessoais e bancários para desconhecidos. Cuidado ao postar informações como nome, endereço e telefone em redes sociais. Tenha senhas para destravar o telefone celular. Desconfie sempre de promoções desconhecidas. Só faça compras online em lojas certificadas e consulte o Procon da sua cidade. E sempre peça a ajuda de familiares", completou a delegada.

Em época de compras, como Natal e Ano Novo, o risco se torna ainda maior nos grandes centros de comércio popular, porque as pessoas estão nas ruas buscando presentes e movimentando dinheiro. "Com pressa e ocupadas com suas atividades, muitas pessoas acabam negligenciando alguns cuidados, como mexer em dinheiro em locais públicos", alertou Raquel Kobashi Gallinatti.

Golpe do cartão clonado

O gestor em segurança e policial Militar José Antônio Alves da Costa destaca que outra fraude bastante praticada atualmente — que atinge um grande número de pessoas, não somente idosos — é aquele em que o suspeito adota o papel de um operador de instituição financeira, telefona para avisar sobre uma suposta clonagem do cartão bancário e solicita informações pessoais.

"Os meliantes mandam um motoboy até a casa da pessoa para pegar o cartão e, supostamente fazer o cancelamento. Muita gente entrega. Nós desaconselhamos totalmente a passar dados, principalmente senhas e números de conta, por telefone. O banco nunca liga para pedir dados dessa natureza. Jamais passe [número de] CPF, agência e senha. Se acontecer, o golpe está caracterizado", enfatizou.

Horários e períodos mais arriscados

Segundo os especialistas em segurança pública, cada golpe tem a sua característica. Nos caixas eletrônicos, por exemplo, são mais comuns fora de horário bancário, quando as agências estão vazias. "Se for um golpe que dependa de saque de recurso elevado no banco, é feito durante o dia e com as agências abertas. O final do dia, quando as pessoas estão mais apressadas e menos atentas, também é um horário mais complicado", finalizou a delegada Raquel Kobashi Gallinatti, presidente do sindicato da categoria.

Confira outras dicas de segurança em lista elaborada pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social):

1) Em caso de dúvida na operação do caixa eletrônico, a orientação é que o segurado se dirija a um funcionário do estabelecimento bancário e nunca aceite ajuda de estranhos ou de pessoas não autorizadas.

2) O segurado não deve fornecer "nunca" a senha do banco e nem o número do benefício terceiros;

3) Não permitir que estranhos examinem o cartão sob qualquer pretexto, pois pode haver troca sem que se perceba;

4) Não anotar a senha em papéis ou rascunhos;

5) Ao escolher a senha, não utilizar números previsíveis (data de nascimento, número de telefone residencial, placa de automóvel);

6) Nunca guardar cartão e senha no mesmo lugar;

7) Em caso de assalto, furto, roubo ou perda do cartão magnético, o segurado deve comunicar imediatamente à central de atendimento do banco onde recebe, solicitando o seu cancelamento. Neste caso, o aposentado deve fazer o registro da ocorrência na delegacia policial mais próxima de onde o fato ocorreu e a comunicação à agência do INSS onde o benefício é mantido. Vale lembrar que nas grandes cidades há as delegacias do idoso, onde o atendimento é prioritário;

8) Outro cuidado é dar preferência a terminais instalados em locais de grande movimentação e, se possível, em ambientes internos como shoppings, lojas de conveniência e postos de gasolina, por exemplo;

9) Sempre que possível, o segurado deve evitar o horário noturno. É mais seguro efetuar os saques no horário comercial, quando o movimento de pessoas é maior;

10) Em caso de retenção do cartão no interior do terminal de auto-atendimento, o beneficiário deve apertar a tecla anula e comunicar o fato imediatamente ao banco, utilizando o telefone instalado na própria cabine;

11) Jamais utilizar celular de terceiros para comunicar-se com o banco, pois a senha fica registrada na memória do aparelho, possibilitando a ocorrência de fraude;

12) Aposentados e pensionistas não devem fornecer dados pessoais e documentos a pessoas estranhas que os procurem para oferecer financiamentos, produtos, revisão de benefícios e liberação de pagamentos atrasados;

13) Desconfie sempre de quem se apresenta em nome de banco ou do INSS (funcionário);

14) Anote tudo e guarde tudo que puder ser usado como prova (documentos, cartões de visita, papéis);

15) Qualquer suspeita deve ser denunciada imediatamente à Ouvidoria do INSS, pelo telefone 135, à polícia ou diretamente na agência da Previdência Social da região.

Fonte: R7

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