JOGOS CRIADOS POR ALUNOS DA UFF AJUDAM IDOSOS A EXERCITAR A MENTE

Um projeto desenvolvido por alunos bolsistas de iniciação científica da Universidade Federal Fluminense (UFF) está ajudando a equipe médica da instituição a exercitar a mente e identificar doenças mentais em idosos. Para isso, os estudantes desenvolveram dois jogos cognitivos, no Instituto de Computação da UFF, na área de multimídia.

A ideia faz parte de um projeto mais amplo que envolve sistemas para auxiliar médicos a detectar doenças que, normalmente, ocorrem mais em idosos, como a demência e o Mal de Alzheimer, o chamado comprometimento cognitivo leve. Coordenado pela professora Débora Christina Muchaluat, o projeto criou os jogos MemoGing e Jogo do Stroop, que foram testados no ano passado em pacientes da médica geriatra Yolanda Boechat, no Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP/UFF), e em idosos que semanalmente vão ao Campo do Gragoatá da UFF realizar atividades e que, a princípio, não têm queixas de falta de memória.

Iniciada há cerca de um ano e meio, a pesquisa segue em desenvolvimento, integrando diversas mídias e envolvendo teoria digital, inclusive com a parte de efeitos sensoriais, disse Débora Christina à Agência Brasil. "A partir daí, surgiu a ideia de aliar essa nossa expertise em multimídia multissensorial, aplicando a novos exercícios cognitivos que pudessem auxiliar o tratamento dessas doenças relacionadas a problemas de memória", disse a professora da UFF.

O MemoGing é um jogo de memória no qual o paciente compara figuras geométricas com outras que aparecem na tela do computador. Já o Jogo do Stroop contribui para as pessoas exercitarem o cérebro, na medida em que apresenta palavras em cores variadas para que o idoso diga qual é a cor que está vendo e não o significado da palavra.

Grau de dificuldade

Segundo Débora Christina, os testes mostraram que quanto mais idosa é a pessoa, mais queixas apresenta em relação à memória. Há mais dificuldade para acertar as perguntas do jogo. "Os resultados dos testes bateram, mais ou menos, com o que a gente encontra na literatura [médica]. Ou seja, os que têm mais idade demoram mais tempo para responder e têm mais dificuldade em acertar problemas relacionados à memória recente".

Efeito de aroma

Débora Christina pretende trabalhar agora no desenvolvimento de mais aplicações que tenham outros tipos de efeitos sensoriais, como o efeito de aroma, por exemplo. "A gente pode usar o efeito de aroma para ajudar a fixar essas imagens que foram apresentadas e que vão ser perguntadas logo em seguida se foram mostradas ou não". A equipe já tem o equipamento exalador de aromas, o que permite prever que até o final do ano o novo jogo cognitivo poderá ser desenvolvido para aplicação em testes. "Esse é o próximo [jogo], que está no forno".

Fonte: Agência Brasil

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