IDOSOS REPRESENTAM MAIORIA DOS CASOS DE APENDICITE


Um estudo realizado pelo Grupo Surgical, especialista em cirurgia de urgência e emergência, sugere que, diferentemente da literatura médica, os casos de apendicite aguda em idosos na cidade de Campinas e região podem estar sofrendo mudança de paradigma e se tornando mais comuns em incidência. 
Foram avaliados 300 casos de cirurgia por este motivo em hospitais privados da cidade e, destes, 190 eram em pessoas com mais de 60 anos. O estudo aponta, ainda, que os idosos procuram atendimento mais rápido, o que reduz os riscos de complicações da doença.  
"Este estudo mostra uma quebra de paradigma, já que a apendicite, segundo a literatura, é mais frequente em crianças e adultos jovens", explica o CEO do Grupo Surgical, Bruno Pereira, que é cirurgião do trauma, de urgência e emergência. 

O mesmo estudo aponta que dois terços dos pacientes avaliados procuraram ajuda médica antes do 4º dia do início dos sintomas, mas o índice foi maior entre os idosos, ou seja, dos 190 idosos, apenas 26% foram ao médico após o 4º dia, sendo que na população abaixo de 60 anos, este índice foi de 56%. 

"Esses dados são importantes para que os profissionais de saúde, ao receberem um paciente idoso com sintomas compatíveis com a apendicite, investiguem essa possibilidade", explica. 

Os sintomas mais frequentes da apendicite são dor abdominal e falta de apetite, que atingem 100% dos pacientes, seguido por náuseas (90%), vômitos (75%) e dor migratória (50%). 

"A apendicite é uma das causas mais comuns de dor abdominal aguda em pacientes que procuram atendimento médico no pronto-socorro. Estima-se que 7% da população terá o problema em algum momento da vida e, para que ela não evolua para as formas mais graves, o que pode acontecer em algumas horas, é muito importante fazer o diagnóstico precoce", destaca Pereira. 

A procura logo após o surgimento dos primeiros sintomas pode ser um dos motivos que fez com que a população idosa apresentasse menos incidência dos graus 3 e 4 da doença, que são os mais graves. Entre os idosos, 70% apresentaram os graus 1 e 2. Já entre os pacientes mais jovens, o resultado foi mais equilibrado: 51% com graus 1 e 2 e 40% com graus 3 e 4. 

"É muito importante fazer o diagnóstico precoce para diminuir possíveis complicações da doença, que pode causar perfuração do órgão e até infecção na corrente sanguínea (sepse ou septicemia)", explica o cirurgião. "Além disso, o atraso no diagnóstico também pode causar dificuldades cirúrgicas, complicações pós-operatórias, longos períodos de internação e até a morte", reforça. O quadro do paciente costuma mudar a cada 12 ou 24 horas. 

Fonte: www.acidadeon.com/campinas

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